terça-feira, 24 de agosto de 2010

Liberdade Instantânea

É assustador ver como a juventude de hoje se envolve cada vez mais cedo e demasiadamente com bebidas alcoólicas e drogas. Seja por influência familiar ou dos amigos, que muitas vezes chegam a forçar o adolescente a ingerir a bebida para demonstrar sua virilidade, nos casos dos meninos. E muitas vezes somos tão ingênuos que chegamos a pensar que as meninas não consomem este tipo de bebida, e se consomem é pouco em relação aos garotos, entretanto está ficando mais comum depararmos com cenas de garotas caídas de bêbadas e entregues ao álcool.

A falta de fiscalização, a pressão dos amigos, os fatores emocionais, o baixo custo da bebida e os exemplos vistos dentro de casa, são apenas alguns dos motivos que levam os jovens a se envolverem precocemente com o álcool, pesquisas relatam que adolescentes de 12 anos - que pra mim ainda são crianças - já consumiram bebidas alcoólicas.

A juventude é considerada um fator problemático para a sociedade, pois é nessa faixa etária que surge a crise do eu, onde os adolescentes anseiam por novas experiências. É nesta fase que surgem diversas oportunidades, e aquele que não “entrar na onda” será considerado careta e possivelmente excluído da turma, e nenhum adolescente quer passar por isso, e é neste momento que tudo pode acontecer.

Os textos apresentados mostram, cada um defendendo o seu ponto de vista, a relação dos adolescentes com o álcool e a dificuldade cada vez maior de lidar com esses casos. O fato de a bebida ter se tornado um elemento de socialização e de inclusão no mundo adulto, faz com que o jovem não tenha idéia do que está fazendo importando-se apenas com o prazer oferecido pelo álcool e o sentimento de liberdade conquistado. Essa liberdade é instantânea e quando o efeito do álcool é cessado restam-se apenas as dores de cabeça, o esquecimento do que aconteceu e algumas vezes o arrependimento.

Mas, infelizmente, com o tempo essa situação será ainda pior e mais difícil de ser controlada. Pais, psicólogos e educadores devem travar uma luta para conscientizar seus filhos, pacientes e alunos do mal que a álcool lhes causam e do poder maléfico que ele tem de destruir suas vidas. Creio que o tratamento ideal é esse, a conscientização, que deve ser feita desde cedo para as crianças, alertando de todos os males causados, não só os físicos, mas especialmente os danos psicológicos e sociais.

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